Acampamento de bolsonaristas na frente do Batalhão do Exército em Palmas — Foto: Régio Parente/TV Anhanguera
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A Polícia Militar do Tocantins afirmou que o acampamento de bolsonaristas que está mobilizado em Palmas é pacífico e está em área de jurisdição do Exército. Nesta segunda-feira (9) o ministro do STF Alexandre de Moraes publicou uma decisão determinando a dissolução total destes acampamentos em todo país no prazo de 24 horas.

Acampamento de bolsonaristas em Palmas — Foto: Régio Parente/TV Anhanguera
Viatura policial foi empurrada por vândalos para dentro de um espelho d’água diante do Congresso — Foto: Eraldo Peres/AP

O grupo de bolsonaristas em Palmas está mobilizado na área do 22º Batalhão de Infantaria do Exército. O acampamento conta com estrutura de tendas, mesas, banheiro químico e até gerador de energia.

Segundo a decisão, a operação deverá ser realizada pelas Polícias Militares dos Estados e DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o governador do Estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal.

g1 questionou a Polícia Militar, o Exército e o governo do Tocantins sobre a desmobilização dos bolsonaristas. O Estado e o Exército não responderam até a publicação desta reportagem, enquanto a PM emitiu um posicionamento contrário à decisão do STF.

“Informamos que até o presente momento, o Tocantins possui apenas um acampamento pacífico em frente ao 22º Batalhão de Infantaria do Exército, área de jurisdição da respectiva força de segurança. A Polícia Militar reafirma que permanecerá cumprindo a sua função constitucional de preservação da ordem pública por meio do policiamento ostensivo e cumprimento das ordens que se fizerem necessárias em toda circunscrição da área do Tocantins”, diz a nota.

A decisão de Moraes foi publicada depois que milhares de criminosos invadiram e vandalizaram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. O grupo radical contou com caravanas do Tocantins, inclusive, com a presença de servidores públicos municipais de Palmas.

Apesar da PM tratar o acampamento como pacífico, agentes da Polícia Civil já foram hostilizados pelos manifestantes bolsonaristas e expulsos aos gritos. O fato aconteceu ainda em novembro de 2022 quando diversos protestos contra o resultado das urnas causaram bloqueio de rodovias em todo estado.

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), publicou no Twitter que a Guarda Metropolitana de Palmas está à disposição para participar da operação.

“A GMP, nossas equipes e todos os servidores que integram a segurança de Palmas estão à disposição do Governo do TO para integrarmos ações conjuntas das forças de segurança. Dentre elas cumprir a decisão do STF, na desocupação do acampamento no 22º Batalhão do Exército em Palmas”, disse a prefeita.

Reforço da segurança

Nesta segunda-feira (9) o governador informou que vai a Brasília (DF) participar da reunião de emergência convocada pelo presidente Lula (PT) com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal. O encontro vai servir para definir ações de combate, prevenção e investigação dos atos violentos registrados na capital federal.

Ele determinou o reforço de policiamento em pontos estratégicos, como o aeroporto de Palmas e distribuidoras de combustíveis. Também colocou 35 homens à disposição para reforçar a segurança em Brasília (DF) após o ataque de bolsonaristas golpistas.

O objetivo do governo é agir preventivamente para evitar bloqueios e falta de combustíveis como foi registrado após às eleições de outubro. “Nossos homens e mulheres estão agindo preventivamente para debelar imediatamente qualquer foco de manifestação de forma como o que ocorreu ontem em Brasília, caso venham a surgir”, afirmou o comandante da PM, coronel Márcio Barbosa.

Entenda

Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, neste domingo (8), após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras e depredaram os prédios dos três poderes da República até batalhões da polícia retomarem a Esplanada e a Praça dos Três Poderes em Brasília.

Durante a tarde o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro.

Lula deu uma coletiva para falar do decreto em Araraquara, no interior de São Paulo, para onde viajou no início da manhã para ver efeitos das intensas chuvas na cidade. O presidente determinou que o ataque terrorista seja apurado para que se chegue a quem financiou e coordenou os taques.

Resumo

  • Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso e STF. Veja fotos de quem participou da destruição.
  • O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana. Mensagens mostram que atos foram planejados.
  • Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.
  • Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído. Veja FOTOS e VÍDEOS da barbárie.
  • Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília.

Passo a passo dos atos

 

Veja passo a passo dos atos terroristas de bolsonaristas radicais contra Congresso, Planalto e STF — Foto: Guilherme Gomes/g1

Veja passo a passo dos atos terroristas de bolsonaristas radicais contra Congresso, Planalto e STF — Foto: Guilherme Gomes/g1

COM INFORMAÇÕES G1 TOCANTINS.

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